A 222ª edição do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que ocorreu neste domingo, 12, reuniu cerca de dois milhões de fiéis pelas ruas da capital paraense, de acordo com estimativas da Polícia Militar e da coordenação da Festa. No trajeto da romaria, que tem 3,6 quilômetros de extensão, diversas ações de órgãos da Prefeitura de Belém ajudaram a tornar o percurso mais seguro e tranquilo para os milhões de devotos da Padroeira dos Paraenses.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em parceria com a Defesa Civil Municipal, montou oito postos, ao longo de toda a extensão da procissão, para o atendimento de urgência e emergência dos romeiros. A maior parte das ocorrências deste domingo foram de pessoas que desmaiaram durante a caminhada, em função, principalmente, do forte calor, desidratação e má alimentação.
Também foram registrados casos de fieis que se machucaram tentando se manter ou cortar a corda, um dos símbolos mais expressivos da procissão. Gente, por exemplo, como o estudante universitário Igor Costa, de 21 anos. Esta foi a terceira vez que ele participou do Círio na corda e saiu de lá com os pés bastante feridos. “Eu venho sempre pedir a Nossa Senhora pela saúde da minha família e pelo sucesso dos meus estudos. A gente se machuca, mas tudo vale a pena, em nome da fé”, pontuou.
Este ano, a Defesa Civil Municipal recrutou cerca de dois mil voluntários para o trabalho no Círio. Eles exerceram as funções de socorristas e técnicos e ficaram ligados a cada um dos oitos postos espalhados ao longo da extensão da romaria (Fumbel; Solar da Beira; estacionamento do Bradesco; estacionamento dos Correios; Casa da Linguagem; Secretaria Municipal de Administração; Clube do Remo e estacionamento do restaurante Avenida). Três ambulâncias de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) também estiveram à disposição durante a procissão.
Mais de 70 agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) interditaram e orientaram o trânsito das transversais durante o percurso do Círio de Nazaré, que teve início na Sé, no bairro da Cidade Velha, e seguiu até o Praça Santuário. Apesar do intenso fluxo, garantido, inclusive, pela manutenção de 100% da frota de ônibus nas ruas até as 15 horas, não houve maiores problemas para os motoristas. “É um pouco complicado andar por esse perímetro porque muitas ruas estão interditadas, mas a gente entende e aceita, por se tratar de um evento tão importante para o povo paraense. E para nós, taxistas, sempre rende um dinheiro extra por conta do grande número de turistas na cidade”, explicou o taxista Mário Cunha.
De olho justamente nesse segmento, técnicos da Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur) estiveram, durante toda a procissão, distribuindo material de divulgação sobre a cidade e orientando os turistas. Já a Secretaria Municipal de Economia (Secon) fiscalizou, com o apoio de 70 agentes, a atuação dos vendedores ambulantes. O comércio informal ficou restrito às ruas transversais aos corredores da procissão, onde foi proibida a venda de bebidas alcoólicas, de modo a garantir a segurança dos romeiros.
Ao todo, seis postos de fiscalização da Secon foram instalados – e permanecerão durante toda a quadra nazarena – em pontos de grande movimentação, como a Escadinha do Porto, Solar da Beira, Praças do Relógio, Sé e do Estivador e mercado do Ver-o-Peso.
Texto: Elck Oliveira
Foto: Alessandra Serrão – NID/Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)
